Samsung não trará carregador na caixa em breve

Informações vazadas apontam que linha Galaxy M, de entrada, é a próxima a abolir o acessório

Shuttersock, Sede da Samsung em Amsterdam, na Holanda

Quando a Apple anunciou que deixaria de enviar o carregador com o iPhone, a Samsung mais do que rápido aloprou a concorrente, apenas para pouco tempo depois fazer a mesma coisa com as linhas Galaxy S e (a finada) Note. Até então, pensava-se que a companhia manteria a estratégia apenas com os celulares e tablets de ponta, mas não é o caso.

O Galaxy F23, um modelo intermediário lançado inicialmente na Índia, não conta com o carregador na caixa, e segundo informações vazadas por parceiros comerciais, o mesmo será aplicado aos modelos da linha Galaxy A . De fato, a Samsung se prepara para deixar de oferecer o acessório em toda a sua linha mobile.

A mudança foi divulgada pelo insider Yogesh Brar, e as informações publicadas pelo site Onsitego. O Galaxy F23 é um celular equipado com processador Snapdragon 750G, 4 ou 6 GB de RAM, 128 GB de espaço interno, um conjunto triplo de câmeras na traseira, bateria de 5.000 mAh e Android 12. Para todos os fins e feitos legais, ele cai na categoria intermediária.


Ele possui preço sugerido partir de 17.499 rúpias no modelo com 4 GB de RAM, cerca de R$ 1,1 mil em conversão direta, mas segundo Brar, ao verificar a embalagem do produto, foi constatado que o Galaxy F23 não será vendido com o carregador, deixando para os usuários a opção de ou usar acessórios antigos, ou comprar um novo por conta própria.

O movimento da Samsung não é totalmente isolado, em verdade o Galaxy A13 5G, lançado em dezembro de 2021 e um produto considerado intermediário premium, de uma linha ligeiramente acima da linha Galaxy F e abaixo da Galaxy S, já vem sem carregador e fones de ouvido na caixa.

Até então, a política de não incluir o carregador estava restrita às linhas Galaxy S, Z Fold e Z Flip, mudanças essas adotadas em 2021, meses após a Apple iniciar o movimento com a linha iPhone 12, enquanto também removeu o acessório dos modelos mais antigos que ainda vende.


De fato, hoje nenhum iPhone novo sai da caixa com carregador; ela continua por enquanto a enviá-lo com os iPads, no que a Samsung já se adiantou nesse sentido.

Até o Galaxy A13 5G, acreditava-se que a Samsung iria restringir o não envio de carregadores a seus modelos de celulares mais caros, mas a inclusão de um intermediário premium na lista de dispositivos contemplados mostrou que o plano é deixar de enviar o acessório na totalidade, independente da categoria do gadget e para qual faixa de consumidor ele é dedicado.

A Apple usou como desculpa o "compromisso com o mio ambiente", em um esforço para diminuir a geração de lixo eletrônico, pelo qual diversas companhias tech vêm sendo pressionadas. Na União Europeia, a exigência está atrelada à adoção da USB-C como porta padrão para todos os dispositivos eletrônicos, ainda que a maçã se recuse veementemente a abdicar do controle sobre a porta Lightning.

Paralelo a isso, a Apple declarou acreditar que o mercado mobile seguiria seu exemplo, o que aconteceu de fato. Mesmo que a Samsung tenha zoado a concorrente para depois fazer a mesma coisa, vale lembrar que com a porta para fone de ouvido foi a mesma coisa.

O Galaxy F23 será o primeiro aparelho da Samsung voltado a usuários de menor poder aquisitivo a não oferecer o carregador na caixa, que muito provavelmente também não traz o fone de ouvido, se usarmos o exemplo do Galaxy A13 5G, mas não para por aí.

Segundo listagens de futuros lançamentos de uma varejista europeia, tanto o Galaxy M23 quanto o Galaxy M33, que compõem a atual linha de entrada da fabricante sul-coreana, também não virão com o carregador na caixa. A Samsung não confirmou os rumores, mas se os mais recentes lançamentos servirem como referência, muito em breve, nenhum celular da empresa virá com o acessório.

A Samsung é por enquanto a única, depois da Apple, a adotar uma estratégia para não mais oferecer carregadores gratuitamente com celulares, e a primeira a estender a regra a tablets. Ao menos por enquanto, concorrentes na plataforma Android como Motorola, Realme, Xiaomi, Redmi e outras continuam oferecendo o componente, mas não se sabe se isso vai durar.

Se depender de Apple, Samsung e pressões externas, e se a tendência se expandir no futuro, os consumidores terão que se virar com um carregador geral homologado e potente para carregar todos os seus gadgets, e quando ele pifar, comprar outro do próprio bolso.

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