Armas com leitor de digital que só funcionam na mão do dono começam a ser usadas nos EUA


Arma com sistema de identificação por impressão digital (Imagem: Reprodução/Biofire)

Armas inteligentes — que só disparam nas mãos de usuários autorizados — estão cadas vez mais próximas de chegar aos consumidores norte-americanos após quase duas décadas de polêmicas e controvérsias. Pistolas que usam leitor de digitais, sensor de aproximação e senha para atirar já entraram na fase final de testes no país.

A empresa LodeStar Works fez uma demonstração à imprensa e a investidores do setor de uma pistola 9 mm com esse sistema de personalização. Além dela, a SmartGunz também informou que um modelo similar, mais simples e com menos funções, já começou a ser testado por policiais do estado do Kansas, nos EUA.

“Nós nos inspiramos em histórias sobre crianças baleadas enquanto brincavam com armas de seus pais. As pistolas inteligentes podem impedir essas tragédias usando a tecnologia para autenticar a identidade de um usuário e desabilitar a arma caso alguém tente dispará-la”, explica o cofundador da LodeStar Gareth Glaser.

Arma com autenticação
As armas inteligentes usam basicamente dois tipos de sistemas para verificar a autenticidade de seus usuários. O primeiro utiliza tokens que funcionam por meio de radiofrequência (RFID), instalados em pulseiras, relógios, anéis e outros dispositivos vestíveis que fazem a confirmação com base na proximidade.

Modelo da SmartGunz em teste por policiais dos EUA (Imagem: Reprodução/SmartGunz)

Já o segundo método de verificação utiliza uma tecnologia de reconhecimento biométrico para liberar o funcionamento da arma após identificar características biológicas do usuário, como impressão digital, diagnóstico da palma da mão ou comprovação da empunhadura do proprietário.

“Com esses sistemas de verificação do usuário, essas armas inteligentes também podem ajudar a reduzir suicídios, tornar inúteis pistolas e revólveres perdidos ou roubados, além de oferecer segurança para policiais e guardas prisionais que não terão que se preocupar se seu armamento cair nas mãos de bandidos”, acrescenta Glaser.

Quanto vai custar
Para aumentar a segurança das armas, o modelo em testes da LodeStar possui um leitor integrado de impressão digital e um chip de proximidade ativado por meio de um aplicativo de celular. A empresa pretende lançar a pistola inteligente com preço estimado de US$ 895 (cerca de R$ 5 mil na cotação atual).

Já a variante desenvolvida pela SmartGunz virá com um sistema proprietário de identificação por radiofrequência que só libera o disparo quando um chip embutido na arma se comunica com outro usado pelo seu proprietário. A versão para policiais custará US$ 1.795 (R$ 10 mil) e o modelo para civis não sairá por menos de US$ 2.195 (cerca de R$ 12 mil).

A ideia é que esses dispositivos personalizados, em que o gatilho só é liberado se for apertado por utilizadores cadastrados, estejam disponíveis comercialmente ainda em 2022. “Após anos de tentativa e erro, a tecnologia foi avançada o suficiente e a microeletrônica dentro da arma está bem protegida. Estamos prontos para lançar nossos produtos para o consumidor final”, comemora Glaser.

Fonte: Reuters

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