A fabricante chinesa Xiaomi confirmou nesta sexta-feira (28) que
iniciará “oficialmente” a produção em massa de smartphones equipados com câmera
sob a tela no ano que vem. A empresa anunciou o que chama de "terceira
geração" dessa tecnologia, apesar de nunca ter lançado no mercado as duas
primeiras versões do recurso que deve estrear em um celular comercial nas
próximas semanas a bordo de um aparelho da rival ZTE.
Executivos da Xiaomi divulgaram em suas redes sociais um vídeo demonstrando a tecnologia, que permite utilizar toda a superfície da tela para a exibição de conteúdos ao mesmo tempo em que não requer sistemas motorizados para revelar a câmera de selfie, caso de modelos com lentes retráteis ou giratórias, como Redmi K30 e Zenfone 7.
Assim como a também chinesa Oppo, a Xiaomi foi uma das primeiras
fabricantes a demonstrar a tecnologia, que esconde o sensor da câmera de selfie
sobre uma tela OLED, ainda na metade de 2019. Após alguns meses de silêncio das
marcas, a Mi declarou que a qualidade de imagem era comprometida pela técnica e
descartou o lançamento da tecnologia neste ano.
Pouco tempo depois, a fabricante de telas Visionox divulgou que já produzia o componente, usando uma
combinação de hardware e software para garantir boas fotos. O vídeo divulgado
pela Xiaomi sugere que a câmera embutida não atrapalha na qualidade de imagem
reproduzida na tela, porém, ao final, é possível notar um quadrado sutil na
região da câmera que apresenta uma variação de brilho.
Com a câmera ativada, é possível notar a localização do sensor de selfies (imagem: Xiaomi) |
É possível que a técnica adotada pela Xiaomi altere a exibição da tela na região quando a câmera é acionada, voltando ao normal quando o recurso de foto ou vídeo não é mais necessário.
3ª geração? E as outras duas?
A Xiaomi explicou o porquê de chamar a sua futura tecnologia de
"terceira geração", revelando que a primeira versão da técnica não
saiu dos laboratórios de pesquisa e que a segunda é foi justamente aquela
apresentada em 2019, nos protótipos das marcas chinesas.
Ordenamento dos pixels permite a passagem da luz (imagem: Xiaomi) |
Para justificar a nova geração, a empresa afirma que reorganizou o ordenamento dos pixels, além de otimizar o algoritmo da câmera, sem comprometer a qualidade de imagem. A descrição lembra bastante a divulgada pela Visionox em junho.
Enquanto a “segunda geração” das câmeras sob a tela empregava menos pixels na região do componente, o que explica o tom escurecido na área dos protótipos apresentados, a organização dos pontos agora ocupa menos espaço, permitindo a passagem da luz para o sensor fotográfico, sem alterar a apresentação de imagens na tela.
A Xiaomi não deu maiores detalhes sobre qual modelo deve incorporar a
tecnologia, limitando-se a divulgar que ela será oferecida em grande escala “no
ano que vem”.
Fonte: Xiaomi
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.