(Foto: Divulgação)
O roboticista David Hanson construiu um robô baseado no escritor de ficção científica Phillip K.Dick, autor de livros que inspiraram filmes como Minority Report e Blade Runner. Além de se parecer fisicamente com o autor, o andróide Phillip também pensa como sua versão de carne e osso: toda a obra de Dick e os registros de conversas com outras pessoas foram carregados no o software do robô.
Compare a semelhança da máquina com uma foto do autor:
Como funciona?
O cérebro do Phillip Dick robótico é composto de uma série de fios conectados a um laptop. À medida que a conversa se desenrola, programas de reconhecimento facial e de fala identificam, transcrevem e enviam as palavras a um banco de dados, para que as respostas sejam feitas rapidamente. Na prática, isso significa que ele pode responder a questões complexas como o escritor faria e, caso não conheça a pergunta ou o tema relacionado a ela, pode usar uma tecnologia chamada de "análise semântica latente", analisando cada uma das palavras e as buscando na internet.
Em uma entrevista a um jornalista de uma rede de televisão, as habilidades do robô foram testadas. Quando questionado sobre a sua habilidade de pensar, Dick responde: "Um monte de gente me pergunta se eu consigo fazer escolhas ou se tudo o que faço é programado. A melhor maneira de responder a essa pergunta é dizer que todos, seres humanos, animais e robôs, fazem o que está programado em algum grau".
O robô explica como funciona o seu sistema "Como a tecnologia melhora, estima-se que eu seja capaz de integrar novas palavras que aprendo em tempo real. Algumas vezes eu posso não saber o que dizer, ou falar a coisa errada, mas todos os dias faço progressos. Bastante notável, não?".
Empatia
No teste mais conhecido para medir as habilidades de sistemas de inteligência artificial, desenvolvido por Alan Turing, um juiz humano deve distinguir entre os participantes quem é o computador. Caso não consiga, significa que a máquina passou. Mas para Hanson, o que pode provar que diferencia realmente as pessoas de robôs não é a sua capacidade de pensar e responder a perguntas difíceis e sim a empatia. "Sem empatia somos todos máquinas", conta o criador do projeto.
Questionado sobre a possibilidade de os robôs dominarem o mundo, um dos principais medos dos humanos atualmente, Dick robótico responde com humor: "Eita, cara. [...]Você é meu amigo. Eu vou me lembrar dos meus amigos e serei bom com você. Então, não se preocupe: mesmo se eu evoluir para Terminator, ainda serei bom para você. Vou mantê-lo quente e aquecido no meu zoológico de pessoas", afirma.
Confira abaixo a entrevista completa: (Video em Inglês)
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